quinta-feira, 7 de junho de 2012

Opinião


A jornalista Fernanda Regina da Cunha expõe sua opinião sobre a invasão da PM em uma moradia de estudantes da UNILA, no último domingo.

Preconceito e integração não caminham juntos

Marxista! Para você o que é “marxista”?. Não vou aqui explanar sobre o termo, mas vou dizer que para muitos ele é um xingamento, uma forma de humilhar, como se outro (o marxista) fosse uma espécie estranha, um criminoso, um contraventor. Ah sim, a melhor definição: um subversivo, como se dizia no período da ditadura.
O episódio ocorrido na noite de domingo (3) quando policiais militares de Foz do Iguaçu, sob a alegação de uma denúncia por perturbação de sossego estiveram em uma moradia da Unila, me fez refletir sobre o termo e sobre o preconceito.  A moradia foi palco de um conflito entre PMs e estudantes, um deles, estudante de Sociologia foi “acusado”, de “marxista”.
O que causa estranheza no caso não é a postura do policial, pois talvez, ele nem saiba quem foi Karl Marx, mas sim, a postura de muitos outros cidadãos da cidade, que baseados nas primeiras informações sobre o assunto iniciaram um debate preconceituoso a respeito da presença daqueles estudantes na cidade. Muitos destes, também estudantes de outras universidades, que ao invés de saberem sobre a realidade dos fatos, preferiram manifestar seu desgosto com os estrangeiros da Unila, com aqueles estranhos, “marxistas”, “comunistas”, “anarquistas”...



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